terça-feira, 1 de março de 2011

Fluidez



Tudo passa...e isso, algumas vezes, me parece tão claro...e por outras, deveras obscuro, como um emaranhado de cólera autônomo que entorpece e me parasita sugando minhas forças....sim, superficialmente, todas nossas sensações e nossos estados internos passam, mudam...caso contrário há algo em que fixamos, seja por uma vibração emocional de qualquer natureza sutil e quase impreceptível ou por um valor racional que tendemos nossa atenção volutariamente e, assim colaborando pra sustentar a permanência neles....estamos sempre dentro de novas e sucessivas circunstâncias que influenciam aquilo que passamos a pouco ou a muito tempo atraz e, por isso, passa...e passa mais se conseguimos saborear bem o máximo dessas circunstâncias que nos aparecem ou que procuramos...mas algo fica na nossa percepção sempre, como um vermelho desbotado da roupa lavada, continua vermelho, porém um vermelho diferente e não necessariamente menos belo, porém, diferente..acrescentar mais ou menos cor também está atrelado à nossas escolhas (além das contingências)

....se colocar e se expor à todas experiências e formas de estímulos possíveis nos coloca diante de tantas vidas, mundos, realidades, sentimentos sutis e delicados que abrem caminhos para lugares que poucos percebem...lugares infinitos de sensações...e eu quero todos eles...todos que minha aparelhagem biologia e subjetiva me permitir...não vou deixar uma característica minha pra traz intencionalmente...pois a cada circunstância um pedaço meu se estende pra fora me ligando ou me permitindo trocas com a realidade externa do meu jeito e do jeito dos outros.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

o cerne

"...depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro..."
Caio Fernando de Abreu

sábado, 29 de janeiro de 2011

o que sobra...

"Um bando de estimulos passando e eu sequer percebendo..
é como ondas eletromagneticas sem propriedades, que nao afetam
uma infinidade de fenomenos me tocando e não deixando nem rastro nem efeito porque não os sinto.
nem mesmo é indiferença...simplesmente a sensação de acontecendo nada, imutação, inércia estática
movimento impotente
como um vento numa pedra em um mínimo instante, quando nada transforma
como se tudo tivesse perdido a sua característica
anestesia
anestesia mental"




(aquele instante único de um novo olhar se abre, um novo prazer consistente...)
"O tempo me come e me esconde e me faz sentir impotência
quando tarde eu percebo, quando tarde eu recomeço, quando tarde eu entendo
fora do eixo, numa velocidade qualquer que não seja de ninguém
na velocidade dos meus sentidos
eu não tenho tempo, simplesmente me colocam tempo,me inscrevem nos segundos, na tão dita responsabilidade, na mudança.
imersa.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Da minha única certeza pra vocês: meu amor, minha cumplicidade e admiração!!!

Um café, uma música melancolica e minhas memórias embriagadas de nostalgia/saudade. ..
A musica pra aflorar minhas emoções e coloca-las em palavras. O café pra nao perder nem uma minima parte. As memorias pra derramarem em mim constantemente a importancia de vocês, de todas nossas trocas: risadas, ideias, corações, choros, discussões, segurança, crescimento, abraços, idiotices, afeto..
Tão forte que a palavra não cabe. Ultrapassamos o limite da sintonia, admiração, confiança e cumplicidade memso sem sabermos se é eterno (oque pra mim é). É o espontaneo fluindo harmonicamente entre nós, sem desproporção, pelo nosso proprio trasnformar de ideias e visões pessoais, as quais simplesmente reforçam tudo isso. A plenitude em si. E nada mais.
Quero ver eu para de chorar agora longe de voces.
Um brinde a nosa amizade!
"Nessa corrente que entrelaçam cheiros e armaduras
eu me coloco diante de tudo
me exponho e faço reagirem à maneira alheia toda a minha química
e me iludo, como se eu estivesse prestes a me conhecer mais...e desse momento no futuro me dou conta do quão pouco sabia de mim
a circunstancia mal vivida que faz nos afasta de nós
uma faca podando meus melhores galhos, minha raíz ainda não percebida
o nó na extremidade de um dos laços de minha constituição
meu sangue que flutuou suave em cada angulo meu
mecheu minha consciencia, meu olhar...o quanto era meu?
como se do meu presente, só saberei no futuro
do meu passado, sei recém agora
uma estrada com paradas reflexivas criando novos rumos em busca de mim
e quanto mais se caminha, mais distante fica um espelho pra gente se ver, se identificar, se perceber nas coisas
e mais me arrasto pelo deserto de estímulos que vibram em mim
aqueles que ainda vibram cheio de intensidade formam o meu retrato mais verdadeiro ausente de outrem
me erguem e completam jogando longe as pedras que eu carregava
permanecendo no infinito oceano de memórias
são percepções enviadas como 'cartas de aviso' de um eu passado
quase afogado
e reconstruído, recosturado
vivo e sensível."

domingo, 2 de janeiro de 2011

ver as situações e condições humanas de tudo que é familiar por fora, como parte do todo, distante...se afastar e olhar, e perceber coisas de maneira nitida ou de outro angulo que nao se poderia por dentro, na percepção poluida em meio a sentimentos que nao deveriam estar ali. Na visão distorcida e tendenciosa por circuntancias que te apodrecem e te amarram num conjunto de inclinações que não são suas e sim de um jogo/junção de relacionamentos que tentam te alocar num papel nao escolhido, permitido por outros e por isso, mais facil (?). É engraçado quando se percebe que é preciso lutar muito mais que acreditavamos quando criança apenas para sermos nós mesmo. Querer ser voce, exige um enfrentamento, recompensador acredito eu. Libertador! Energizante, quem sabe.