quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Nessa corrente que entrelaçam cheiros e armaduras
eu me coloco diante de tudo
me exponho e faço reagirem à maneira alheia toda a minha química
e me iludo, como se eu estivesse prestes a me conhecer mais...e desse momento no futuro me dou conta do quão pouco sabia de mim
a circunstancia mal vivida que faz nos afasta de nós
uma faca podando meus melhores galhos, minha raíz ainda não percebida
o nó na extremidade de um dos laços de minha constituição
meu sangue que flutuou suave em cada angulo meu
mecheu minha consciencia, meu olhar...o quanto era meu?
como se do meu presente, só saberei no futuro
do meu passado, sei recém agora
uma estrada com paradas reflexivas criando novos rumos em busca de mim
e quanto mais se caminha, mais distante fica um espelho pra gente se ver, se identificar, se perceber nas coisas
e mais me arrasto pelo deserto de estímulos que vibram em mim
aqueles que ainda vibram cheio de intensidade formam o meu retrato mais verdadeiro ausente de outrem
me erguem e completam jogando longe as pedras que eu carregava
permanecendo no infinito oceano de memórias
são percepções enviadas como 'cartas de aviso' de um eu passado
quase afogado
e reconstruído, recosturado
vivo e sensível."

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